Uma videoinstalação chamada dança
*** Crítica publicada no portal Idança.net sobre o espetáculo 'Um Alemão chamado Severino", do Coletivo Quitanda
>>> por Laura Pacheco, 09/04/2010 >>> crédito foto: João Meirelles
http://idanca.net/lang/pt-br/2010/04/09/uma-videoinstalacao-chamada-danca/14632
Uma cama de casal de mais de 2 metros de altura onde se projeta uma imagem de um corpo sobre o do fruidor que ali acaba de se deitar. Videoinstalações disponibilizadas em um amplo salão de arte, em um museu, ou ainda, em um foyer de teatro. Objetos como aquário, mesa, olho mágico como suportes dessas instalações. Cordões que atravessam o salão, conectando vasos que, com câmeras de segurança, exibem imagens em tempo real dos próprios fruidores. Seria esse um espetáculo de dança?
Pode parecer estranho, mas em Um Alemão Chamado Severino é assim. Trata-se de um espetáculo-instalação produzido pelo Quitanda, formado por artistas de Salvador que transitam pela dança contemporânea, vídeo, performance, instalação, fotografia. Desde sua estreia, em 2009, Um Alemão chamado Severino, contemplado pelo edital de montagem da Fundação Cultural do Estado da Bahia, vem se destacando na cena da dança contemporânea nacional. Em apenas 7 meses, passou por teatros como o ICBA – Goethe Institut (Salvador-BA), museus como o Palácio da Aclamação (Salvador-BA), galerias de arte como o SESC Itaquera (São Paulo-SP) e eventos como Bienal do SESC de Dança (Santos-SP), projeto Mudanças – Dança no Museu e o evento Outras Danças, os dois últimos realizados na Bahia.
Essa mobilidade que o trabalho possui de realizar-se não somente em teatros, mas em espaços como museus e galerias, parece estar diretamente ligada ao seu formato, pois, ao investigar uma linguagem híbrida imbricada ao campo das artes visuais, propõe diretamente a presença de um público ativo, que vai não somente traçar seus próprios trajetos e percursos no modo como decidem experimentar a obra-instalação, como também vão decidir o momento que querem assistir/interagir com o trabalho.
O fruidor decide quanto tempo quer observar as videoinstalações, em quais se sente mais instigado a permanecer, se quer ficar cinco minutos ou duas horas. Pode optar também, em algum momento, não se envolver com nenhum vídeo especificamente, mas assistir à própria composição cênica do trabalho que envolve os corpos dos outros fruidores. Por entre estruturas espaciais, iluminações, instalações e imagens audiovisuais, pode-se ver esses corpos dos visitantes deitados, sentados, de pé, agachados, com as cabeças dentro de determinadas estruturas, pernas sobre a cama…
Mas talvez o leitor ainda esteja se perguntando: o que teria de dança nesse trabalho?
Faz sentido tal estranhamento, principalmente, se levarmos em consideração o fato de não existir, presencialmente, nenhum bailarino pronto para realizar, naquele momento, uma dança neste espetáculo. Entrentanto, os discursos do corpo colocados ali vão além da mera materialidade física, biológica de um corpo, pois estamos no campo da videodança, das imagens digitais, das telas e projeções audiovisuais. Tais vídeos se instalam num espaço específico e emergem enquanto videodanças, propondo uma inversão nas relações espaço-temporais entre artista e fruidor, entre corpo e contexto.
“Ao entender que um espetáculo de dança pode ser configurado a partir de um conjunto de videoinstalações, proponho refletir sobre a maneira como os sujeitos se relacionam numa sociedade que admite sexo virtual, reuniões por videoconferência, localizadores do corpo através de GPS, dentre outras tecnologias que propõem espaços-tempos diferenciados, aproximando sujeitos e contextos. Neste sentido, a concepção do corpo não está mais pautada numa materialidade física, palpável, biológica, mas compreende a existência de outras formas de corpo (gráficas, eletrônicas, digitais), e que, nessas configurações diversificadas, não deixam de ser sujeitos propondo discursos sobre o corpo e pelo corpo”, pontua Giltanei Amorim, diretor do espetáculo e do Quitanda.
Muito longe de ser um espetáculo com hora para começar e terminar, Um Alemão chamado Severino, mesmo sendo um trabalho focado em questões do corpo e da dança, pode ser considerado também uma instalação plástica – ali estão suas instalações disponíveis para a apreciação do público, como numa galeria ou num museu de arte. Nesse contexto, emergem outros parâmetros para se pensar a dança, a relação com a obra artística, a proposição de discursos do corpo na contemporaneidade, as novas possibilidades de estratégias compositivas e de criação em dança, contaminadas pelas artes visuais.
O corpo e o diálogo com a estética surrealista
Não parece ser a intenção do Quitanda investigar um tipo de composição em dança que acontece a partir de sequências de passos e deslocamentos dentro do que comumente é entendido como coreografia – pelo menos não nesse trabalho. Valoriza-se mais as possibilidades de movimento e deslocamento enquanto ação física que altera os estados corporais e propõe diferentes relações com os contextos nos quais os corpos transitam.
O corpo em relação ao seu cotidiano aparece em todas as videodanças. Os intérpretes parecem executar hábitos aparentemente corriqueiros como tomar um café, sentar-se diante de uma mesa de jantar, andar pela cidade, olhar-se no espelho, aguardar o semáforo abrir… Entretanto, essas experiências tão comuns e habituais vão se tornando extremamente estranhas e nada familiares a partir das relações estabelecidas entre os sujeitos ali presentes, e que se potencializam à medida que imagens de outros contextos vão se entrecruzando nos vídeos, compondo um amplo emaranhado de informações.
Uma espécie de estética surrealista parece dialogar com as imagens audiovisuais de Um Alemão chamado Severino, evidenciando a proposição de associações provocativas e imagens bizarras que, às vezes, chegam a parecer até mesmo irreais. Segundo Giltanei, o surrealismo sempre influenciou seus trabalhos justamente pela possibilidade de aproximações de imagens de contextos diferentes e a possibilidade de gerarem estranhamentos. Em um dos vídeos, há a presença de um texto surrealista de Antonin Artaud, interpretado por uma das artistas em um cenário repleto de espelhos que refletem a imagem dela sob vários ângulos. Revela-se ali um corpo que, em sua instabilidade, parece um tanto atordoado que beira o desespero, polemizando a impossibilidade de fixidez de uma identidade e a dificuldade de reconhecer a si mesmo.
Outros vídeos, como a cena de um casal numa mesa de jantar – o que poderia resultar numa simples ação de comer – vai se configurando de modo tão surreal que chega a ser inóspito, não havendo mais possibilidade de qualquer reconhecimento de familiaridade. Aqui, a casa parece tão ameaçadora como um espaço público (no fim do texto, assista a um trecho do espetáculo). As ações que se passam na rua também se desdobram num mesmo tom de mistério e suspense, dando a impressão de relações frágeis que podem surpreender a todo momento.
Entretanto, todos esses efeitos só foram possíveis a partir da edição das imagens. Nesse sentido, pode-se compreender o quanto as potencialidades do vídeo são acentuadas quando colocadas enquanto estratégias de criação em dança, à medida que, somente por meio delas, é possível alterar as relações espaço-temporais de uma cena. “Para nós, a edição de imagens digitais torna-se uma estratégia coreográfica, sendo que o entendimento de videodança que trazemos parte da relação do corpo com a câmera. O trabalho do editor torna-se também de coreógrafo, a partir da maneira como o vídeo é editado”, pondera o diretor.
As imagens audiovisuais em suas estruturas-instalações ganham uma dimensão ainda mais estranha pela sonoplastia e pela penumbra provocada pela iluminação, provocando deslocamentos e alternando o estado corporal dos fruidores. O espetáculo provoca o público o todo tempo ao permitir que este vivencie situações onde a cinestesia acontece não somente através daquilo que é visto, mas também pela experiência corporal que se dá na interação desses fruidores com as estruturas instaladas, suscitando formas diferenciadas de apreciação estética.
Esses níveis de estranheza são acessados a depender da disponibilidade, do interesse e do limite de cada fruidor. Parece existir a intenção de provocar e tencionar as relações presentes nos “entre-lugares” que conectam os sujeitos nos contextos artísticos e culturais diversos. O estranho torna-se a possibilidade de encontrar caminhos de reelaboração de paradigmas fixos, provocando o trânsito entre ambientes co-existentes e co-dependentes numa complexa rede de informações. É nesse lugar do estranhamento que emergem outras possibilidades de visões de mundo, e que, no campo da dança, está diretamente relacionado à percepção do corpo em relação a si mesmo, ao outro, à cultura, ao mundo. Aqui, dualidades como o público e o privado, o dentro e o fora, casa e mundo, são completamente perturbados e borrados, sendo o único lugar possível de se ocupar o próprio lugar do trânsito e dos deslimites da cultura e da arte.
Sobre o Quitanda
Criado em 2006 nos corredores da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o Quitanda é uma reunião de artistas interessados em discutir o corpo. Na materialização de suas obras, buscam transversalizar a relação entre a dança e outras linguagens artísticas como a fotografia, o vídeo, a performance, o teatro. Em seu repertório, destacam-se os seguintes trabalhos: As Bruxinhas (2006), Inbox (2008), A Vácuo (2009) e Um Alemão Chamado Severino (2009), entre espetáculos, performances e intervenções urbanas que participaram de eventos importantes no cenário baiano e nacional como o Quarta que Dança da FUNCEB, Plataforma Internacional de Dança (PID), Bienal SESC de Dança, World Dance Alliance, Dimenti Interação e Conectividade. Agora em 2010, o Quitanda começa a investigar seu novo espetáculo intitulado Autólise e a produzir um videodança que ainda não possui título.
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>>> por Laura Pacheco, 09/04/2010 >>> crédito foto: João Meirelles
http://idanca.net/lang/pt-br/2010/04/09/uma-videoinstalacao-chamada-danca/14632
Uma cama de casal de mais de 2 metros de altura onde se projeta uma imagem de um corpo sobre o do fruidor que ali acaba de se deitar. Videoinstalações disponibilizadas em um amplo salão de arte, em um museu, ou ainda, em um foyer de teatro. Objetos como aquário, mesa, olho mágico como suportes dessas instalações. Cordões que atravessam o salão, conectando vasos que, com câmeras de segurança, exibem imagens em tempo real dos próprios fruidores. Seria esse um espetáculo de dança?
Pode parecer estranho, mas em Um Alemão Chamado Severino é assim. Trata-se de um espetáculo-instalação produzido pelo Quitanda, formado por artistas de Salvador que transitam pela dança contemporânea, vídeo, performance, instalação, fotografia. Desde sua estreia, em 2009, Um Alemão chamado Severino, contemplado pelo edital de montagem da Fundação Cultural do Estado da Bahia, vem se destacando na cena da dança contemporânea nacional. Em apenas 7 meses, passou por teatros como o ICBA – Goethe Institut (Salvador-BA), museus como o Palácio da Aclamação (Salvador-BA), galerias de arte como o SESC Itaquera (São Paulo-SP) e eventos como Bienal do SESC de Dança (Santos-SP), projeto Mudanças – Dança no Museu e o evento Outras Danças, os dois últimos realizados na Bahia.
Essa mobilidade que o trabalho possui de realizar-se não somente em teatros, mas em espaços como museus e galerias, parece estar diretamente ligada ao seu formato, pois, ao investigar uma linguagem híbrida imbricada ao campo das artes visuais, propõe diretamente a presença de um público ativo, que vai não somente traçar seus próprios trajetos e percursos no modo como decidem experimentar a obra-instalação, como também vão decidir o momento que querem assistir/interagir com o trabalho.
O fruidor decide quanto tempo quer observar as videoinstalações, em quais se sente mais instigado a permanecer, se quer ficar cinco minutos ou duas horas. Pode optar também, em algum momento, não se envolver com nenhum vídeo especificamente, mas assistir à própria composição cênica do trabalho que envolve os corpos dos outros fruidores. Por entre estruturas espaciais, iluminações, instalações e imagens audiovisuais, pode-se ver esses corpos dos visitantes deitados, sentados, de pé, agachados, com as cabeças dentro de determinadas estruturas, pernas sobre a cama…
Mas talvez o leitor ainda esteja se perguntando: o que teria de dança nesse trabalho?
Faz sentido tal estranhamento, principalmente, se levarmos em consideração o fato de não existir, presencialmente, nenhum bailarino pronto para realizar, naquele momento, uma dança neste espetáculo. Entrentanto, os discursos do corpo colocados ali vão além da mera materialidade física, biológica de um corpo, pois estamos no campo da videodança, das imagens digitais, das telas e projeções audiovisuais. Tais vídeos se instalam num espaço específico e emergem enquanto videodanças, propondo uma inversão nas relações espaço-temporais entre artista e fruidor, entre corpo e contexto.
“Ao entender que um espetáculo de dança pode ser configurado a partir de um conjunto de videoinstalações, proponho refletir sobre a maneira como os sujeitos se relacionam numa sociedade que admite sexo virtual, reuniões por videoconferência, localizadores do corpo através de GPS, dentre outras tecnologias que propõem espaços-tempos diferenciados, aproximando sujeitos e contextos. Neste sentido, a concepção do corpo não está mais pautada numa materialidade física, palpável, biológica, mas compreende a existência de outras formas de corpo (gráficas, eletrônicas, digitais), e que, nessas configurações diversificadas, não deixam de ser sujeitos propondo discursos sobre o corpo e pelo corpo”, pontua Giltanei Amorim, diretor do espetáculo e do Quitanda.
Muito longe de ser um espetáculo com hora para começar e terminar, Um Alemão chamado Severino, mesmo sendo um trabalho focado em questões do corpo e da dança, pode ser considerado também uma instalação plástica – ali estão suas instalações disponíveis para a apreciação do público, como numa galeria ou num museu de arte. Nesse contexto, emergem outros parâmetros para se pensar a dança, a relação com a obra artística, a proposição de discursos do corpo na contemporaneidade, as novas possibilidades de estratégias compositivas e de criação em dança, contaminadas pelas artes visuais.
O corpo e o diálogo com a estética surrealista
Não parece ser a intenção do Quitanda investigar um tipo de composição em dança que acontece a partir de sequências de passos e deslocamentos dentro do que comumente é entendido como coreografia – pelo menos não nesse trabalho. Valoriza-se mais as possibilidades de movimento e deslocamento enquanto ação física que altera os estados corporais e propõe diferentes relações com os contextos nos quais os corpos transitam.
O corpo em relação ao seu cotidiano aparece em todas as videodanças. Os intérpretes parecem executar hábitos aparentemente corriqueiros como tomar um café, sentar-se diante de uma mesa de jantar, andar pela cidade, olhar-se no espelho, aguardar o semáforo abrir… Entretanto, essas experiências tão comuns e habituais vão se tornando extremamente estranhas e nada familiares a partir das relações estabelecidas entre os sujeitos ali presentes, e que se potencializam à medida que imagens de outros contextos vão se entrecruzando nos vídeos, compondo um amplo emaranhado de informações.
Uma espécie de estética surrealista parece dialogar com as imagens audiovisuais de Um Alemão chamado Severino, evidenciando a proposição de associações provocativas e imagens bizarras que, às vezes, chegam a parecer até mesmo irreais. Segundo Giltanei, o surrealismo sempre influenciou seus trabalhos justamente pela possibilidade de aproximações de imagens de contextos diferentes e a possibilidade de gerarem estranhamentos. Em um dos vídeos, há a presença de um texto surrealista de Antonin Artaud, interpretado por uma das artistas em um cenário repleto de espelhos que refletem a imagem dela sob vários ângulos. Revela-se ali um corpo que, em sua instabilidade, parece um tanto atordoado que beira o desespero, polemizando a impossibilidade de fixidez de uma identidade e a dificuldade de reconhecer a si mesmo.
Outros vídeos, como a cena de um casal numa mesa de jantar – o que poderia resultar numa simples ação de comer – vai se configurando de modo tão surreal que chega a ser inóspito, não havendo mais possibilidade de qualquer reconhecimento de familiaridade. Aqui, a casa parece tão ameaçadora como um espaço público (no fim do texto, assista a um trecho do espetáculo). As ações que se passam na rua também se desdobram num mesmo tom de mistério e suspense, dando a impressão de relações frágeis que podem surpreender a todo momento.
Entretanto, todos esses efeitos só foram possíveis a partir da edição das imagens. Nesse sentido, pode-se compreender o quanto as potencialidades do vídeo são acentuadas quando colocadas enquanto estratégias de criação em dança, à medida que, somente por meio delas, é possível alterar as relações espaço-temporais de uma cena. “Para nós, a edição de imagens digitais torna-se uma estratégia coreográfica, sendo que o entendimento de videodança que trazemos parte da relação do corpo com a câmera. O trabalho do editor torna-se também de coreógrafo, a partir da maneira como o vídeo é editado”, pondera o diretor.
As imagens audiovisuais em suas estruturas-instalações ganham uma dimensão ainda mais estranha pela sonoplastia e pela penumbra provocada pela iluminação, provocando deslocamentos e alternando o estado corporal dos fruidores. O espetáculo provoca o público o todo tempo ao permitir que este vivencie situações onde a cinestesia acontece não somente através daquilo que é visto, mas também pela experiência corporal que se dá na interação desses fruidores com as estruturas instaladas, suscitando formas diferenciadas de apreciação estética.
Esses níveis de estranheza são acessados a depender da disponibilidade, do interesse e do limite de cada fruidor. Parece existir a intenção de provocar e tencionar as relações presentes nos “entre-lugares” que conectam os sujeitos nos contextos artísticos e culturais diversos. O estranho torna-se a possibilidade de encontrar caminhos de reelaboração de paradigmas fixos, provocando o trânsito entre ambientes co-existentes e co-dependentes numa complexa rede de informações. É nesse lugar do estranhamento que emergem outras possibilidades de visões de mundo, e que, no campo da dança, está diretamente relacionado à percepção do corpo em relação a si mesmo, ao outro, à cultura, ao mundo. Aqui, dualidades como o público e o privado, o dentro e o fora, casa e mundo, são completamente perturbados e borrados, sendo o único lugar possível de se ocupar o próprio lugar do trânsito e dos deslimites da cultura e da arte.
Sobre o Quitanda
Criado em 2006 nos corredores da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o Quitanda é uma reunião de artistas interessados em discutir o corpo. Na materialização de suas obras, buscam transversalizar a relação entre a dança e outras linguagens artísticas como a fotografia, o vídeo, a performance, o teatro. Em seu repertório, destacam-se os seguintes trabalhos: As Bruxinhas (2006), Inbox (2008), A Vácuo (2009) e Um Alemão Chamado Severino (2009), entre espetáculos, performances e intervenções urbanas que participaram de eventos importantes no cenário baiano e nacional como o Quarta que Dança da FUNCEB, Plataforma Internacional de Dança (PID), Bienal SESC de Dança, World Dance Alliance, Dimenti Interação e Conectividade. Agora em 2010, o Quitanda começa a investigar seu novo espetáculo intitulado Autólise e a produzir um videodança que ainda não possui título.
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